Poucas pessoas sabem, mas existe uma ligação entre as doenças gengivais e diabetes. Pesquisas sugerem que pessoas com diabetes têm alto risco de adquirirem problemas bucais, como gengivite (um estágio inicial de doença gengival) e periodontite (doença gengival avançada com perdas ósseas).
Ao alertar sobre os perigos resultantes da relação entre diabetes e a saúde bucal, a odontóloga Iara Giovana Gallon, especialista em implantes e próteses dentárias da Clínica Arte & Face, de Chapecó, lembra que existem outras complicações associadas ao diabetes: doenças cardíacas, acidentes vasculares encefálicos isquêmicos (derrame cerebral) e doenças renais.
A relação entre doenças gengivais e diabetes é uma via de mão dupla. Não somente as pessoas com diabetes são suscetíveis às doenças gengivais, mas estas podem afetar o controle glicêmico no sangue e contribuir para a progressão do diabetes. Como todas as infecções, a doença gengival pode ser um fator que eleva o açúcar do sangue e pode tornar o controle do diabetes mais difícil. Outros problemas bucais relacionados com diabetes são candidíase (sapinho, uma infecção causada por um fungo que cresce na boca), boca seca que pode causar aftas, úlceras, infecções e cáries.
A odontóloga explica que pessoas com diabetes têm um risco aumentado para doenças gengivais avançadas porque são geralmente mais suscetíveis às infecções bacterianas e têm uma diminuição na capacidade de combater as bactérias que invadem o tecido gengival.
“A boa saúde bucal é parte integrante da saúde geral, por isso é importante escovar os dentes, usar fio dental e consultar o dentista regularmente”, orienta.
Se os níveis de glicose no sangue não forem bem controlados, a pessoa tem maior chance de desenvolver doença gengival avançada e de perder dentes quando comparado a pessoas que não têm diabetes. Para evitar problemas dentários associados ao diabetes é essencial controlar o nível de glicose no sangue, cuidar bem dos dentes e gengiva e fazer exames minuciosos a cada seis meses.
As pessoas que têm diabetes necessitam cuidados especiais, e o dentista está preparado para ajudá-lo. Por isso, é importante manter o dentista informado sobre qualquer alteração do estado de saúde e sobre os medicamentos que estiver tomando. “Procedimentos dentários e gengivais em pacientes diabéticos devem ser agendados preferencialmente pela manhã e não devem se entender por muito tempo, evitando uma queda nos níveis de glicose sanguinea. Alguns desses procedimentos não podem ser efetuados caso os níveis de glicose não estejam bem controlados”, explica Iara. INFLUÊNCIA
Iara Gallon enfatiza que o diabetes pode influenciar na saúde da boca, assim como as doenças da cavidade oral podem prejudicar o controle da glicemia. Como ocorre em qualquer infecção, a doença periodontal pode dificultar o controle do diabetes. Mais do que isso, ela está ligada ao controle metabólico de modo bidirecional, influenciando e sofrendo influência do diabetes.
As doenças mais comuns na boca são a gengivite (um estágio inicial da doença gengival e se caracteriza por gengivas vermelhas, inchadas ou flácidas e que podem sangrar durante a escovação ou o uso do fio dental), aperiodontite (progressão da gengivite não cuidada, que ataca e com o tempo destrói as estruturas que envolvem e sustentam os dentes, atingindo a gengiva, o osso da boca e a raiz do dente).
O portador de diabetes descontrolado também pode apresentar halitose (mau hálito) que se manifesta por odor forte e marcado, o chamado hálito cetônico. Porém, nem todo o odor bucal está associado ao diabetes, as halitoses também podem ser causada por higiene bucal inadequada, falta de escovação correta e falta do uso do fio dental, gengivite, cigarro, produtos alcoólicos e, ainda, boca seca causada por certos medicamentos e por menor produção de saliva durante o sono. Já, a boca seca (xerostomia) está presente na maioria dos pacientes diabéticos e é um sinal a ser observado no diagnóstico da doença.
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